Que fonte de alegria para os discípulos foi saber que tinham tal
Amigo no Céu para interceder em seu favor! Por meio da visível ascensão
de Cristo foram alterados todos os seus conceitos e expectativas do Céu.
Anteriormente, seus pensamentos se haviam demorado nele como uma região
de espaço ilimitado, habitada por espíritos sem substância. Agora, o
Céu estava relacionado com o conceito de Jesus, a quem haviam amado e
reverenciado mais do que todos os outros, com quem haviam conversado e
viajado, em quem haviam tocado, até mesmo no Seu corpo ressuscitado,
quem lhes falara de esperança e trouxera conforto para o coração, o
mesmo Senhor que fora levado de diante dos seus olhos, enquanto ainda
falava, de quem ainda recordavam até o tom da voz, ao ser envolto pela
nuvem de anjos: “E eis que estou convosco todos os dias até à consumação
do século.” Mateus 28:20.
O Céu não podia mais parecer-lhes um espaço indefinido e
incompreensível, repleto de espíritos intangíveis. Consideravam-no agora
como seu futuro lar, em que seu amoroso Redentor estava preparando
mansões para eles. A oração se revestira de novo interesse, visto que
era uma comunhão com o seu Salvador. Com novas e vibrantes emoções e uma
firme confiança de que sua oração seria respondida, eles foram para o
cenáculo a fim de apresentar suas petições e clamar pelo cumprimento da
promessa, já que o Senhor dissera: “Pedi e recebereis” (Mateus 7:7) “para que vossa alegria seja completa.” João 17:13. Eles oravam em nome de Jesus.
Eles tinham um evangelho para pregar — Cristo em forma humana, um
Homem de dores; Cristo em humilhação, tomado por mãos ímpias e
crucificado; Cristo ressurreto e assunto ao Céu, introduzido à presença
de Deus, para ser o Advogado do homem; Cristo a voltar com poder e
grande glória nas nuvens do céu.